os cientistas conseguiram curar a doença de alzheimer em ratos de laboratório. uma experiência realizada por investigadores do instituto catalão de bioengenharia sugere que a restauração das funções protetoras naturais do cérebro pode restaurar completamente as capacidades cognitivas perdidas devido à demência.
em vez de visar diretamente os neurónios, a equipa de investigação decidiu reparar a barreira hematoencefálica—o guardião do cérebro, que impede a entrada de toxinas e regula o metabolismo. para isso, utilizaram nanopartículas que imitam a proteína lrp1, responsável pela eliminação de substâncias nocivas.
a experiência foi realizada em ratos geneticamente modificados com uma acumulação excessiva de beta-amiloide (aβ), uma marca da doença de alzheimer. os ratos receberam três doses do novo medicamento e foram monitorizados durante seis meses. após apenas seis meses, os ratos idosos comportavam-se como indivíduos completamente saudáveis.
as nanopartículas provaram ser eficazes como medicamentos, ativando os mecanismos de limpeza naturais do cérebro e restaurando o equilíbrio. embora estes resultados se limitem aos animais, esta abordagem, baseada na restauração da função vascular, pode lançar as bases para futuras investigações e potenciais tratamentos da doença de alzheimer em humanos.